Ampliando sua atuação nas artes visuais, para além das sonoridades rítmicas de sua musicalidade consolidada, o cantor, compositor e multi-instrumentista Carlinhos Brown, assina junto ao artista plástico Rogério Pedro, uma das obras da Mostra Brasileires, na região do Minhocão, em São Paulo, intitulada “A Natureza tem nos aturado”. Ao todo, seis painéis gigantes compõem a Mostra Brasileires, que é parte da programação da primeira edição da SP Aberta, uma iniciativa da produtora cultural Axé no Corre, comandada pelos ativistas Kleber Pagú e Fernanda Bueno, reunindo ainda outros grandes nomes como Jean Wyllys, M.I.A, Vismoart, Marcia Tiburi, Rogério Pedro, Linoca Souza, Catarina Gushiken e Laerte.
Carlinhos chama o momento de “novo serpentear do Minhocão”, e fala da Mostra como um “movimento de extrema importância que une artistas do Brasil inteiro” para este momento: “O dia a dia da cidade e as nossas correrias pessoais, são acompanhadas de poesias vindas das artes visuais. Estar ao lado de Pagú, de Rogério Pedro, Laerte, entre tantos outros grandes artistas na Mostra Brasileires, me honra e me aproxima das estéticas mundiais. Os herdeiros de Malfatti, Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral, levam além a Semana de 22, fazendo expandir no mundo cores e dizeres capazes de interferir de formas positivas no que a cidade espera. O Minhocão é onde a cidade passa e respira, e onde ela também conversa. Estou muito feliz e agradecido em participar desse projeto”.
“A Mostra Brasileires faz um convite à população para refletir sobre o tempo em que vivemos e a maneira como nos relacionamos com a cidade, propondo fissuras nas estruturas das artes”, explica o produtor cultural Kleber Pagú.
“É um desafio, uma alegria e uma honra criar e executar uma obra com essas dimensões. Foram 8 dias de trabalho intenso com muito amor envolvido. Somos gratos pela oportunidade e a nossa parceria”, celebra o artista visual Rogério Pedro. “Somos essa identidade presente em busca de outros quês. A arte termina oferecendo pra nós essa oportunidade de verdadeiramente utilizar a cidade como esse útero, afinal, se acorda para renascer. E o artista tem essa função de experimentar. Arte não é privilégio! Por isso precisamos ser atuantes. Podemos ser muito maiores, podemos ser melhor do que somos. E tudo isso é ebulição para um artista”, completa Carlinhos Brown.